A IMPORTÂNCIA DO USO DAS MOLAS NO PILATES

Foi através de observações e experimentos que em 1660, o físico inglês R. Hooke, estabeleceu a Lei de Hooke, que diz que a intensidade da força elástica é diretamente proporcional à deformação. E é nas molas que se pode notar mais facilmente essa ação. Com a utilização das molas, Joseph Pilates iniciou seu trabalho de reabilitação de soldados feridos na Primeira Guerra (1914). A base do desenvolvimento de seu sistema de exercícios e equipamentos, foi o uso improvisado das molas das camas no tratamento físico dos soldados. Era a ferramenta mais acessível na ocasião e que cumpriria a função que ele tinha em mente de promover a resistência aos movimentos gerando fortalecimento muscular e a reabilitação.

PILATES: MOLAS E MÚSCULOS

Hoje as molas aparecem em vários aparelhos criados por Joseph: o Reformer, Cadillace, Chair, entre outros. Nos exercícios, a mola auxilia ou resiste ao movimento permitindo reabilitar, realinhar, aprimorar e também fortalecer e alongar o músculo, o que permite tirar o paciente de sua incapacidade motora e levá-lo o mais próximo possível do funcional. A mola, por sua assistência ou resistência, quando bem conduzida pelos exercícios, permite reeducar o gesto e a forma. A prática de exercícios com molas também é indicada para aqueles que desejam experimentar amplitudes e novas posturas, assim com aprimorar e fortalecer o movimento normal.

Nos aparelhos de Pilates, a força da mola modifica de acordo com a variação do seu comprimento, sendo assim, quanto maior a distância da mola em relação à base onde está fixada, maior é a intensidade da força desta. A escolha da mola deve ser feita de acordo com o foco do exercício a ser realizado, visando à promoção dos resultados almejados.

A realização de exercícios com molas reduz o risco de lesão, uma vez que a resistência aumenta progressivamente na amplitude do movimento onde a contração muscular é maior, agindo sob o ponto de maior força do músculo. Assim sendo, o sistema de molas provoca menor impacto às articulações e, consequentemente, o risco de lesão é muito menor quando comparado aos exercícios com pesos convencionais como halteres e barras de ferro, que mantém a mesma carga durante todo o movimento, tornando o exercício menos funcional e mais suscetível à lesão.