O método Pilates surgiu na década de 1920, criada por Joseph Pilates como meio de dar condicionamento e reabilitação física através do controle corporal. Por isso, a prática foi originalmente conhecida como Contrologia. Se, por um lado, o Pilates praticamente não tem contraindicações, casos específicos de reabilitação exigem uma abordagem mais próxima da fisioterapia. É nesse contexto que entra o Pilates Clínico.
A maioria dos praticantes do método Pilates busca melhor qualidade de vida através do aprimoramento físico, com fortalecimento, tonificação e maior definição muscular e aumento de flexibilidade. Já os casos direcionados ao Pilates Clínico são voltados a processos de reabilitação e terapêuticos.
A principal recomendação do Pilates Clínico é para reeducação postural e terá exercícios baseados no fortalecimento da musculatura do tronco e mobilidade articular.
Também em casos de dores crônicas, pré e pós operatório, problemas articulares e musculares, sempre com o foco na reabilitação.
Por tratar diretamente desses problemas, o Pilates Clínico exige uma avaliação minuciosa, para que o profissional possa avaliar o quadro geral do paciente e conhecer limitações e fases do processo inflamatório.
Geralmente usa-se os princípios de Porterfield e DeRosa (estabelecido especificamente coluna vertebral). A chave da reabilitação é entender quando um tecido lesado pode começar a lidar com as cargas.
Por exemplo, uma lesão no tornozelo pode exigir uma bota por algumas semanas enquanto os tecidos moles cicatrizam (estagio 1). Ao sair da bota precisamos introduzir o movimento com força não destrutiva (estagio 2). O paciente então progredira para as atividades funcionais do tornozelo afetado (estagio 3) e finalmente o paciente estabelece limites quanto a movimento, carga e posições( estagio 4).
Por mais que, na essência, o método utilizado seja o mesmo, a abordagem é bem diferente entre o Pilates comum e a vertente clínica. Por isso, não é qualquer profissional que está habilitada a oferecê-lo.