PILATES E O CÉREBRO

Reabilitação para desordens neurológicas e dores crônicas

Que o Pilates pode auxiliar na reabilitação muscular, nós já sabemos, mas você sabia que a técnica pode ajudar também na reabilitação neurológica?
Os exercícios de Pilates exigem precisão e concentração, pois são focados em músculos pequenos e específicos do corpo. E por exigirem essa sincronia de corpo e mente, podemos chamá-los de “exercícios pensantes”.

Uma das principais causas de incapacidade de origem neurológica é o Acidente Vascular Cerebral (AVC) que pode desencadear limitações e uma vida sedentária.
O AVC, conhecido popularmente como “derrame”, acontece quando há um entupimento ou rompimento dos vasos que enviam sangue ao cérebro, o que provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea correta.

Nos pacientes que sofreram AVC, uma das principais consequências é a perda de força, que gera diminuição da independência funcional, dificultando tarefas simples do dia a dia. Para estes pacientes, a prática de atividade física é considerada essencial para a recuperação dos movimentos, melhora da respiração, postura e coordenação motora, além da reabilitação da resistência física e da força muscular, diminuindo, desta forma, os riscos de complicações secundárias, como problemas cardiovasculares e ortopédicos. Por promover o condicionamento físico e mental, o método Pilates pode ser utilizado como forma de reabilitação durante e após o tratamento.

Por auxiliar o paciente a recuperar sua flexibilidade, coordenação motora, consciência corporal e controle muscular, o Pilates pode ser um grande aliado também para os que sofrem de dores crônicas. Além disso, o método desenvolve a respiração e oxigenação sanguínea, melhorando o condicionamento físico. E com a correção de posições musculares se diminui a sobrecarga e o gasto desnecessário de energia na execução dos movimentos, fazendo com que a dor diminua ou desapareça.

Muitas pessoas encontram na prática do Pilates, um importante complemento para o tratamento de dores crônicas ou após a ocorrência do AVC. Através do controle e fortalecimento muscular que os exercícios proporcionam, o equilíbrio é reestabelecido, ativando as conexões responsáveis pela sensação de segurança e tornando mais fácil a realização das atividades cotidianas.