As cicatrizes podem interferir no sistema músculo esquelético. Barral foi o primeiro pesquisador a afirmar que uma cicatriz de má-formação em sua teia de matriz cicatricial poderá alterar o funcionamento mecânico de um corpo.
As cicatrizes tóxicas, as quais são capazes de alterar o funcionamento mecânico corporal, são formadas depois de um ferimento ou intervenção cirúrgica. Elas ficam em constante reação com estímulos internos e externos.
Uma cicatriz tóxica pode induzir contratura muscular do músculo que está inserida e também por vezes, modificar o tecido conjuntivo e o liquido extracelular que circunda, comportando-se como uma área reativa, denominada “campo perturbador”.
As cicatrizes da face, as laterais de tronco e as da parede anterior do abdome são as mais reativas. As cicatrizes horizontais são as mais nocivas para o desarranjo biomecânico.
Pode haver uma cicatriz grande em sua extensão e não representar nenhuma disfunção corporal, bem como uma pequena cicatriz pode desencadear modificações teciduais no conjuntivo e também causar desregulação exteroceptiva, implicando um obstáculo na correção postural.
É necessária uma boa avaliação para o diagnóstico e intervenção fisioterapêutica para sua normalização da cicatriz e de possíveis alterações ocasionadas por ela.